Portugal Cristalino: abril 2017

A planta do percurso

Glicínia no percurso Caldas Aregos - Miomães - Resende

Planta do inicio e fim do Percurso circular de Caldas de Aregos e Miomães - Resende

A duração do percurso vai depender do tempo que aplica na circunstância e peculiaridades desta rota.

Se for convidado para comer umas laranjas e socializar, como foi o meu caso, obvio que o tempo passa. Daí, não se inquietar com a hora de vinda, a não ser estar á condição dos transportes.

Descrição do trilho

Inicie seu percurso junto do posto de turismo, posto correio, ao lado da marina de Caldas de Aregos.

Caminhe ao lado da piscina, na rua ascendente, em direção ao antigo burgo e suas ruelas.

Aprecie e fotografe. Que belo lugar, este.

Volte para a direita, e está na Rua Correia Pinto.

Desça até a rua das Tílias. Nesta rua ou Avenida, suba até ao seu topo, e admire a outrora imponente Vila Nazaré, hoje ao abandono. No amontoado de pedras do quintal, lamentavelmente não pode apreciar o que resta do antigo balneário. Que pena. Provavelmente seria possível enquadrar o velho com o novo balneário. Eu e outras gerações, iríamos gostar. Pede-se mais respeito por estes legados. Os “botabaixismos” desconsideram quem os construiu, e todos aqueles que gostariam de apreciar, como eu.

Já no topo da rua, vire para a direita e suba em rua estreita, escarpada por entre muros.

Em floresta densa e muito arborizada, suba com cuidado, por entre muitos loureiros, carvalhos, selos de Salomão, madre silvas, etc.

O sêlo de Salomão no início do percurso

Não dê atenção a estreito pisoteio para a sua esquerda e prossiga na rua que contem lajes de pedra a fazer lembrar estradas romanas.

Passou junto um depósito de água em granito. Correto, é esse o trilho. No dia do meu percurso, vi este inofensivo licranço (anguis fragilis), com cerca de 45 centímetros. Aconselho uma pesquisa acerca deste Lagarto, com características deveras muito interessante, e de interesse científico, pois ao perder a cauda, ela volta a crescer, automatiza-se.

O licranço

Vi ainda nessa porção de floresta um endemismo ibérico, uma rã, Rana ibérica, com 5 centímetros de comprimento, uma coruja das torres Tyto Alba, diversos pombos bravos, columba oenas e chapins, Parus major,entre outros animais, mais comuns.

Endemismo ibérico Rana ibérica

Prossiga, sempre a subir, até alcançar a aldeia de Miomães.

Planta da chegada a Miomães até á Igreja

Com o apoio da planta deste troço acima, volte para a esquerda a fim de visitar a igreja de Miomães, e terá de regressar, evitando a estrada municipal 554-1.

Regresse então até ao ponto por onde havia voltado para a igreja e, prossiga 300 metros até esta casa solarenga em ruínas.

Solar em ruinas - Moimães

Avance 20 metros na rua em frente da casa e volte para a direita. Agora todos os “santos” ajudam, vai a descer.

Ignore todas as ruas que encontra, quer á esquerda quer á direita, passa por umas alminhas e por mais um solar, e por momentos chega á Rua de S. Pedro (alcatroada).

Nessa rua, volte pois para a direita.

Volvidos nessa rua 300 metros encontra a Capela de S. Pedro e uma fonte com tanque.

A capela de S. Pedro

Carro tração animal ainda ao serviço agricola, propriedade do Senhor Francisco, a pessoa que nos ofereceu umas laranjas, por sua iniciativa, numa fase do percurso em que tinhamos esgotado a água. Veio mesmo a calhar. Bem haja.

Vire então para a rua em frente, para o Louredo de Baixo, e segue mesmo ao lado de uma casa que demonstra que outrora seria uma abastada casa agrícola, ainda assim pressente-se nela, uma sensação de ruralidade.

No Louredo volte rua mais á esquerda, passa por um tanque e a seguir volta para a rua mais á direita, na próxima novamente á direita até á estrada de alcatrão.

Continue nessa rua em sensivelmente 700 metros, e admire a paisagem. Para lá do Rio Douro, Trás os Montes, por onde marcha, a Beira Alta.

Da Capela ao local de mudança de rua

Para o ajudar eis o ponto de mudança de rua, de acordo com o mapa atrás.

Desça por essa rua idílica, estreita e julgo que medieval. Que cenário… que quadro… que regalo.

Caldas de Aregos, o Rio Douro e Trás os Montes

Continue descendo nos termos do mapa acima, e não necessita de mais informação para concluir o seu percurso nas Caldas de Aregos, Resende.

Caminhe, pela sua saúde. Conheça os recantos de Portugal, que de outra forma não vai conhecer, por certo.

José Manuel Costa Amaral

14 de Abril de 2017

Introdução

Irei selecionar e divulgar, um número de percursos ecológicos, que já elaborei e executei, considerando diversos aspetos: Sociológicos, culturais, históricos, religiosos, arquitetónicos, geológicos, biológicos, recursos naturais, habitats dulçaquícolas e terrestres, entre outros.

Farei um guião escrito, e anexarei a recolha de alguma informação no meio, junto da população.

Porem, não irei recolher informação com registo já existente. Deixarei para os interessados na realização do percurso, essa mesma recolha. O objetivo é dilatar informação adicional, há existente.

Esta divulgação, agregará também um conjunto de fotografias - não todas - de interesse para os pedestrianistas, ajudando-os na sua visualização no local.

Acumularei demais informação na presunção de uma ajuda no desempenho integral dos interessados na realização dos percursos.

A planificação de alguns dados do percurso, e a sua apresentação, pode, no entanto, envolver eventuais lacunas. Esta será a plataforma inicial, com vista à sua melhoria;

Pretende-se ainda, com esta divulgação, a sensibilização da população para a proteção e conservação dos lugares e de todos os tipos de património aí existentes,

O desenvolvimento socioeconómico de locais deprimidos,

Sensibilização dos municípios ou outras instituições, com vista à implementação de um percurso pedestre, e sua aprovação junto da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

Aldeia de Cortiçô - Fornos de Algodres - vista parcial

Planta Global do Percurso de Cortiçô - Fornos de Algodres

Comece a sua caminhada no adro da Igreja de Cortiço, em direção ao centro da Aldeia (Largo do Jogo).

Torre sineira da Igreja de Cortiçô

Alminha em Cortiçô

Pormenor da Alminha de Cortiçô

No Largo do Jogo, encha a garrafa de água na fonte.

Suba as escadas ou vá pela rua mais adiante, e retome rua acima ao lado da sede da autarquia.

No topo do largo, curve para a esquerda e vá subindo a encosta, apoiando-se do mapa que elaborei par si.

Fase inicial

Ruìnas

Ignore o estradão que encontrou do lado direito e prossiga.

Oitenta metros depois, um outro estradão, agora sim, volte para direita, mas atenção, depois de nele caminhar cerca de 70 metros volta para a esquerda.

Vai deparar com uma casa de arrumos em granito, à sua esquerda, progrida.

Em breve vai cruzar com uma estrada em alcatrão, que liga a aldeia de Algodres á aldeia de Maceira.

Atravessou, e, como verifica, vai ao lado do abandonado campo de futebol.

Siga por essa rua, também em alcatrão, passa por um pequeno pavilhão e, num instante, a Anta de Cortiçô, monumento com 6 000 anos.

Anta de Cortiçô

Retome seu percurso. Ao sair do dólmen, volte para a esquerda. Correto, está na rua que usou para chegar.

Após um curto caminhar, deixe essa rua e volte para a da direita.

Marco

Vencidos sensivelmente 560 metros vire para a esquerda.

Caso avance por engano, a rua seguinte confina com a mesma rua.

Brevemente, vai surgir a Quinta da Alagoa.

Neste local encantador, admire e fotografe os castanheiros seculares, um exemplar colossal de medronheiro, um exemplar soberbo de azevinho e um magnífico loureiro:

Castanheiros seculares na Quinta da Alagôa, Cortiçô

arbustus unedo L. (medronheiro gigante na Quinta da Alagôa, Cortiçô)

Soberbo azevinho

Loureiro na Quinta da Alagôa, Cortiçô)

E outras espécies vegetais, e ainda aspetos da geologia local.

O forno de cozer o pão milho

Continue, atravesse o harmonioso e pequeno vale e o ribeiro, e eis que está de novo na floresta.

Ignore as ruas á sua direita e está de novo na estrada de alcatrão.

Vire para a esquerda e percorra, nessa estrada, 500 metros.

Ao avistar uma pequena construção do lado direito, desça nessa rua. Nela, não considere as ruas quer á esquerda quer á direita e caminhe até outra estrada em alcatrão.

Depois de nela percorrer cerca de 100 metros, volte para uma rua á direita, bem íngreme.

Na próxima rua vira para a esquerda.

Continue caminhando com orientação para a esquerda, até alcançar uma rua, que vem da igreja e da aldeia.

Aprecie, nesse local, a vetusta fonte.

Admirados, o local e a paisagem, volte pela rua que o levou á fonte, e continue descendo e afastando-se cada vez mais, da aldeia de Cortiçô.

Neste troço do percurso, testemunhei, algumas atividades. Obrigado pela disponibilidade de poder fotografar.

Continue descendo, até aparecer uma outra estrada em alcatrão.

Já no vale, volte para a direita, e caminhe nessa estrada, sensivelmente 140 metros.

Campos e árvores floridos

Percorrida aquela distancia, deve voltar para a esquerda, atravessar o ribeiro e avançar de novo o percurso, volvendo de novo á sua esquerda, agora a subir.

Os milhões de flores neste vale, e a aldeia de Cortiçô lá ao cimo

Vá progredindo rua acima, por vezes com subidas acentuadas, durante 1500 metros, até chegar á estrada de alcatrão, que liga a Vila Chã.

Vista Parcial de Cortiçô

Socalcos

Chegado á estrada alcatroada, volte para a esquerda em direção á aldeia de Cortiçô.

Caminhe e vá com atenção. No dia em que efetuei o percurso para reconhecimento e para posterior elaboração do trilho, não acreditava na surpreendente comunidade de milhares de indivíduos Primula acaulis L., em habitat selvagem, espantoso. Na encosta da serra, ao lado de uma nascente de água.

Primulas ou primaveras ou páscoas, entre outros nomes por que é chamada

Admire aqui o vale, as paisagens, as montanhas, os cursos de água, as fontes, o forno, a laje do milho, o lagar, os moinhos etc.

O inativo moinho

De imediato, e antes de uma curva para a direita, repare num estradão, também do lado direito, é pois por aí que deve seguir, agora de novo, a subir para a serra.

Planta do local

A Serra da Estrela no horizonte

Depois de ter caminhado 900 metros, tem duas alternativas:

Se optou pela esquerda, com marcação cor de rosa na planta, visite o afloramento que fica na segunda opção, e admire uma figueira que “habita” numa diáclase de penedo, e que apesar de um incêndio há uns anos, continua viva e este ano com 30 figos, deveras admirável.

Se optou seguir em frente, então admire o afloramento e prossiga no estradão para o ponto cardinal nascente, de acordo com a orientação que trazia.

Ignore todas as ruas que encontre á sua direita e desça rua abaixo, já que em breve vai encontrar a fonte na rocha e daí progredir até á aldeia, de acordo com as descrições da primeira opção.

Planta desta fase do trilho

Afloramento onde está a figueira, lado poente

Lado nascente com a figueira na diaclase

A figueira com os 30 figos Vida dura desta figueira, mas luta para continuar viva.

A panoramica e afloramento (esquerda)

Afloramento ao lado, por entre as giestas

Regresse ao percurso de acordo com a sua opção, e, no caso da primeira, suba até cruzar com novo estradão.

A sua caminhada continua em frente, mas se lhe despertar interesse pode ir até ao cume - para a esquerda - a fim de apreciar a paisagem, e daí regressar para continuar.

Desça até ao outro vale. Aprecie uma fonte na rocha e volte para a esquerda ao longo do vale, agora a descer.