quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Tabosa - toponímia

Alminha em Tabosa, lat. 40°36'54.02"N e Long.   7°48'12.44"W na estrada para Fornos de Maceira Dão
A aldeia de Tabosa é antiquíssima, mais antiga que Portugal. Em mensagens anteriores, relatámos a sepultura antropomórfica, bem perto da capela de S. Geraldo. Já na pré-historia o ser humano por aqui andou. Provavelmente, o rio dos frades foi o fundamento para a fixação de pessoas. Apesar de se tratar de um rio pequeno, era no entanto caudaloso e favoreceu quer a agricultura, quer outras actividades. O nosso 1º Rei, D. Afonso, demarcou o Couto do Mosteiro de Maceira Dão. Nesse foral, há referencia a tal marcação, com um limite no lugar de “tabulosum” (não tenho a certeza da grafia, irei aclarar) como então era chamada a aldeia de Tabosa.
Os povos aqui afixados, construíram uma ponte, no mesmo local da atual, em tábuas e troncos.
 “Tabulatum Fluvium” palavras que do latim bárbaro significaria, ponte das tábuas sobre o rio. Evoluiu para “Tabulosum”. Posteriormente Tabosa. Sou de opinião estar aqui a origem do topónimo desta aldeia pitoresca, na orla da Serra de Santo António dos Cabaços.
É interessante saber que a aldeia só muito tarde usufruiu de uma ponte em pedra. Só no século XIX, ou simplesmente no século XX.
 Nos interrogatórios enviados à reverendíssima Secretaria de Estado de sua Majestade, o Rei D. José, (lembro aqui que era então ministro, Marquês de Pombal) em 3 de Maio do ano de 1758, pelo Vigário de Fornos de Maceira Dão, Manuel da Fonseca Fernandes, aludia, no item 15º, que o Ribeiro de Tabosa tinha quatro pontes, nos limites desta freguesia:
Uma no lugar de Tabosa, outra no caminho de Vila Garcia para a Igreja, e que, pelas características descritas (ponte em pedra, feita de modo rústico…) corresponde à atual ponte, e ainda duas pontes em cantaria junto do Mosteiro.
Refere ainda, que a ponte de Tabosa se encontrava muito mal segura. Havia vários troncos, paus e tábuas a ligar uma a outra margem e que, foram colocadas sobre tais troncos, diversas lajes de pedra. Relata ainda o clérigo da freguesia que quando se passava na ponte, toda ela tremia.
O rio, e a soma das suas potencialidades, reforçam a ideia da fixação das pessoas. Naquela data, Tabosa possuía 7 moinhos, um lagar de azeite e um pisão.


Lagar de Azeite de Tabosa




Lagar de azeite de Tabosa


O velho lagar de azeite em Tabosa


Como curiosidade, este rio com apenas 7 a 8  quilometros de extensão, foi recebendo nomes como:
Sepultura antrapomorfica em Tabosa
"Rio da Sra do Castelo; Rio da Lavandeira; Rio da Roda; Rio de Tabosa; Rio dos Frades. O mais sujestivo dos nomes é que vulgarmente chamam Rio dos Cágados. 



O moinho do Ferreira em Tabosa - não ativo


O moinho do Celestino em Tabosa - ainda ativo
Na cumeeira de casa em granito em frente da Capela, desapareceu uma pedra com relevo, e de algum interesse historico.


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