Planta do percurso
Irei selecionar e divulgar, um número
de percursos ecológicos, que já elaborei e executei, considerando diversos
aspetos: Sociológicos, culturais, históricos, religiosos, arquitetónicos,
geológicos, biológicos, recursos naturais, habitats dulçaquícolas e terrestres,
entre outros.
Farei um guião escrito, e
anexarei a recolha de alguma informação no meio, junto da população. Porem, não
irei recolher informação com registo já existente. Deixarei para os
interessados na realização do percurso, essa mesma recolha. O objetivo é dilatar
informação adicional, há existente.
Esta divulgação, agregará também um
conjunto de fotografias - não todas - de interesse para os pedestrianistas,
ajudando-os na sua visualização no local.
Acumularei demais informação na
presunção de uma ajuda no desempenho integral dos interessados na realização
dos percursos.
A planificação de alguns dados do
percurso, e a sua apresentação, pode, no entanto, envolver eventuais lacunas.
Esta será a plataforma inicial, com vista à sua melhoria;
Pretende-se ainda, com esta
divulgação, a sensibilização da população para a proteção e conservação dos
lugares e de todos os tipos de património aí existentes, e;
O desenvolvimento socioeconómico
de locais deprimidos, e;
Sensibilização dos municípios ou
outras instituições, com vista à implementação de um percurso pedestre, e sua aprovação
junto da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.
O percurso (circular) que pela riqueza de aspetos geológicos, o
considero um geopercurso.
Determinei o local da partida e fim.
O largo norte da aldeia, numa
reta do bairro novo. Iniciei a caminhada para norte. No final da reta, saí do
alcatrão e virei à esquerda, caminhando num trilho em terra, com ligeira
subida, paralelamente ao regato, em direção à serra. Este troço do percurso, executado
numa garganta curiosa, e antes de chegar a dois gigantes blocos de granito,
deve dar-se atenção a um penedo que comporta nele, pedras soltas, pequenas e não
polidas.
Local da partida
2ª e 3ª fase do percurso
1ª Paragem
Era aqui cultivado um ritual
casamenteiro. Homens e mulheres, rumavam ao local, atirando pedras. Se a pedra
atirada se fixasse no penedo nos primeiros arremessos, o casamento do atirador
estaria para breve, e que era o desejo de todos. O paradigma da época seria
casar cedo. Decepcionados ficavam aqueles ou aquelas que após muitos arremessos
a pedra se fixava no penedo. Iriam casar tarde. Felizmente, vários moradores do
Carvalhal, confirmaram terem recorrido a este cerimonial. Deixando para trás os
dois blocos de granito, e miradas as encostas do desfiladeiro, eis-nos próximos
da fonte e Santuário da Senhora do Barrocal.
Fonte
2ª Paragem
Neste lugar, vamos apreciar a
paisagem, a geodiversidade, o santuário, as sepulturas antropomórficas, a
gruta, as ruínas do castro ou castelo, os três penedos associados aos cultos
célticos.
Gruta da Sra do Barrocal
Um deles com escadaria antropica. O segundo com disposições
surpreendentes. Deve ainda observar-se, com muita atenção e alguma cautela, o
penedo sobre o desfiladeiro e admirar-se toda a geomorfologia da área.
O 3º penedo de cultos celticos, com vistas para o desfiladeiro
Terminada esta paragem, retomamos o percurso dirigindo-nos para junto da chegada
de acesso de viaturas perto da fonte. Do lado oposto à fonte, um pouco para a
esquerda, existe um pequeno pisoteio. É a rota que vamos seguir. Poderá aí encontrar-se
uma placa indicativa de acesso pedonal às Romãs. Deve pois seguir-se esse
trilho que vai dar à aldeia da Romãs.
3ª Paragem
Neste troço do percurso poderá
apreciar a paisagem, a geodiversidade (caos de blocos, formas geológicas, diáclases
que formaram blocos não deslocados, etc; e a biodiversidade, nomeadamente os
líquenes.
A fase entre o Santuário e as Romãs
Caos de blocos
Formas geológicas
Formas geológicas
Chegados à aldeia das Romãs, o percurso começa a
descer e pode, se o entender, visitar a igreja ou ir beber um café num
estabelecimento um pouco antes de chegar à igreja. Se não optou por nenhuma
delas, logo após às primeiras três a quatro casas, volta para primeira rua à
esquerda, dando assim continuidade ao seu percurso.
Fase descendente do percurso (Romãs - estrada de alcatrão)
Em pouco tempo vai
encontrar um caminho, e, deve seguir para a sua esquerda, e como reparou, a sua
caminhada já desce, pelo que se transforma mais acessível. Num ápice, depara
com blocos majestosos de granito. Se o entender, e não é pois muito difícil, nem
corre qualquer perigo, poderá observar o interior de uma caverna formada pelos
blocos.
Local da caverna
Vídeo sobre a caverna. selecione a seguir a:
Caverna do Barrocal
Continua a sua caminhada até à estrada de alcatrão, voltando para a sua
esquerda até à aldeia do Carvalhal.
A penúltima fase do percurso
A estrada é paralela ao rio Coja. Aqui pode observar:
Charca junto à estrada
Uma perdiz por entre os rosmaninhos
Última fase do percurso
Ao chegar
a uma encruzilhada, vira de novo à esquerda e deixa para trás a placa de
indicação da Aldeia do Companheiro (localidade deserta, perdeu seus moradores). No entanto, pode, se lhe despertar algum
interesse, seguir a rua do Companheiro em sensivelmente 100 metros, somente para
observar o Rio Coja. Terá, depois, que voltar para trás, em direção da Aldeia do
Carvalhal, bem visível para o caminhante. Já no Carvalhal, nas primeiras casas, vai aperceber-se de uma casa com alguns
trabalhos em granito (mesas, bancos e fonte) - trabalho manual de artesão. Logo
após essa casa repare numa construção típica e em vias de extinção de uma
choupana tradicional para abrigo de lenhas.
A choupana
Após a sua observação, de novo
segue para a aldeia, passando junto da capela, seguindo a rua, sempre para a
sua esquerda, descobrindo as edificações das casas em granito e outros
pormenores pitorescos, e eis que chegou ao fim do seu percurso.
Fonte e tanques em granito no Carvalhal
Boas caminhadas eu recomendo.
Elaborado por: José Manuel Costa Amaral
Elaborado por: José Manuel Costa Amaral
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